sábado, 30 de abril de 2011

Precisamos ter Coerência em nossas Atitudes!




VOCÊ É COERENTE?
Por Eduardo Farah*

Faça o que digo... mas eu não faço o que eu falo. Quantas pessoas e empresas você conhece que são a prova viva dessa frase? E, olhando para si mesmo, quantas vezes você sentiu que aplicou esse “conceito”, prometendo muito (ainda que por nobres motivos!) e no final não cumprindo nem metade?

Não é difícil encontrar situações em nossas vidas que refletem isso. Recordo-me de uma vez ter feito um belo discurso para a minha equipe, falando do valor e da importância deles. Entretanto, fui apontado por eles como centralizador e controlador, o que em outras palavras significava que, na prática, eu não confiava na capacidade deles.

Incoerência é a palavra que está por traz dessas situações. Ela se traduz na desarmonia entre o dizer e o fazer, na ausência de congruência de algo com o fim a que se destina, na falta de lógica ou conexão entre as idéias e as ações. O conceito é aparentemente simples, mas quando ele ocorre em nossa vida traz como conseqüência uma série de problemas que, com o tempo, interferem nas nossas relações pessoais e profissionais, estragando relacionamentos, dificultando as amizades e prejudicando a empresa onde se trabalha.

No mundo corporativo, constantemente ouvimos os diretores e gerentes dizendo: “quero trabalho em equipe, preciso da opinião e participação de todos”. Entretanto, quando conduzem uma reunião, muitos acabam decidindo tudo sozinhos. Do outro lado, funcionários prometem metas incríveis, tentando se destacar dos demais, e depois não conseguem atingir seus objetivos (a culpa, claro, sempre recai nos colegas, na empresa, nos clientes, nos concorrentes...).

As atitudes incoerentes geram um círculo vicioso, pois alimentam conflitos diários e, conseqüentemente, levam à desmotivação e mais incoerência. O clima fica pesado e as pessoas deixam de confiar uma nas outras, esperando sempre algo contrário ao o que é dito, já que a experiência delas mostra que o real é diferente do prometido.

Quando nossos pensamentos e ações não estão em harmonia, nós também nos sentimos incomodados, afinal nunca estamos envolvidos de corpo e alma em nada. O tempo e a energia acabam sendo gastos em estratégias de defesa: “quem vou acusar se o projeto não der certo? A culpa é do cliente, não minha! Ninguém me entende...”. Esses são pensamentos comuns. A pessoa se sente ameaçada pelos outros, tem medo de ser autêntica e, depois, ser criticada ou responsabilizada pelos problemas.

Qual a conseqüência disso? Se alguém passa o dia inteiro falando – ou pensando - mal da empresa, dos colegas ou dos clientes, naturalmente essa negatividade acaba transparecendo, seja na dificuldade de implementação de processos (cumprimento de metas), no relacionamento com os outros, como no trabalho em equipe ou ainda no atendimento ao cliente. Aos poucos, a vontade e o envolvimento diminuem, já que toda a atenção está voltada para o conflito, para o medo, para aquilo que não nos parece coerente. As palavras do outro passam a ser julgadas por esse prisma negativo e a pessoa se sente injustiçada, perseguida, sozinha...

Quando a tranqüilidade e espontaneidade não existem, a desconfiança toma conta da pessoa. Como ser espontâneo ou confiar em alguém, se tenho medo do que fará ou falará? Se vejo que há “mentira” no ar? Se isso tudo está desconectado de valores como honestidade, transparência, ética etc.? Conforme agimos contra nossos princípios (ainda que de forma não totalmente consciente), o que é o mesmo que dizer que somos incoerentes com o que acreditamos ser o melhor para nós e para os outros, perdemos gradativamente a esperança e a capacidade de enxergar possibilidades de transformação. Nesse ambiente, dificilmente daremos o nosso melhor ou seremos capazes de permitir o nascimento de idéias e projetos, pois não há espaço para o novo.

Quando “falo A e faço B”, enfraqueço a minha imagem e a da própria empresa, afinal credibilidade nada mais é do que a soma de transparência e de coerência.

Como, então, mudar de atitude? Como ser coerente? O primeiro passo é reconhecer as incoerências, ou seja, o olhar para dentro de si mesmo e trazer à superfície nossos maiores medos. Isso contribui para a mudança de atitude, funcionando como uma espécie de auto-análise. Muitas vezes, precisamos pedir ajuda dos outros para que apontem aquilo que não conseguimos enxergar (nesse caso, é muito importante estar aberto às críticas que surgirão e que quase sempre doem).

Se a falta de conexão entre idéias e ações já ultrapassou a esfera individual e se generalizou pela empresa, uma visão externa, com a ajuda de profissionais especializados, pode ser uma boa solução.

De qualquer maneira, o importante é não temer a incoerência! Ela é muito mais nociva quando ignorada do que quando tomamos contato com ela. Afinal, somente podemos mudar algo que conhecemos. É como uma doença. Só podemos tratá-la quando reconhecemos que estamos doentes.
Devemos lembrar que todos, profissionais e empresas, temos pontos a serem melhorados. Precisamos somente descobrir quais são os principais e enfrentá-los com clareza e motivação, caminhando rumo ao crescimento pessoal e profissional. E esse caminho, feito com coerência, traz muitos bons frutos. Experimente!
Sugestão de leitura:
O Poder do Não Positivo. Willian Ury, Elsevier Editora, 2007

* Eduardo Elias Farah é doutor em administração pela EAESP/FGV, palestrante e consultor especializado e sócio da Chama Azul Business Care.
E-mail: edu@chamaazul.com.br

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Prevenção e Controle da Cárie Oclusal - Estado da Arte


A política econômica brasileira adotada no século passado trouxe como resultado uma má distribuição de renda e, consequentemente, elevados índices de doenças, em particular a cárie dentária. No entanto, estudos recentes comprovam que a prevalência de cárie vem declinando, com um paralelo aumento no número de crianças livres de cárie. Dentre os fatores que contribuíram para a diminuição na incidência da doença, destaca-se o uso do flúor, sendo todas as fontes responsáveis por uma redução de até 55%. O efeito restante tem sido relacionado às mudanças na dieta, melhoria na higiene bucal e à mudança na filosofia de tratamento e prática dos profissionais. Contudo, observam-se ainda altos índices de cárie em sulcos e fissuras.

As fissuras dos molares permanentes (MP) são geralmente as primeiras superfícies dentais a serem afetadas pela cárie em grupos etários jovens. Um ano após a erupção de primeiros MP, mais de 10% já se apresentam cariados. Dentre os fatores relacionados à vulnerabilidade da superfície oclusal de MP em estágio de erupção destacam-se o fechamento incompleto das fissuras, baixo grau de maturação do esmalte e retenção de biofilme nestes sítios. O acúmulo de biofilme é maior na superfície oclusal dos MP do início da erupção até o estabelecimento da oclusão e, nesse sentido, este deve ser o período de maior risco para o começo da lesão cariosa de sulcos e fissuras.

Há 35 anos atrás, as opções de tratamento para a superfície oclusal dos MP eram limitadas. Se a superfície oclusal estivesse cariada seria restaurada. Se não, seria observada até o início da cárie em sulcos e fissuras. Os dentistas acreditavam que a cárie poderia ser controlada através da restauração de cada cavidade detectável. No entanto, conhecimentos atuais indicam que colocar uma restauração vai ocasionar perda de tecido dentário em superfícies que poderiam ser remineralizadas.

Atualmente, os dentistas têm outras opções não invasivas na superfície oclusal, como a aplicação de selantes, a aplicação tópica de vernizes fluoretados, a orientação dietética e a instrução de higiene oral.

Assim, a escolha do melhor método preventivo e de controle de lesões cariosas em superfícies oclusais consiste, fundamentalmente, na determinação do risco de cárie do paciente em desenvolver a doença, que dependerá do estágio de erupção dentária, do acúmulo de biofilme e do seu estado motivacional e do de seus pais.

Os selantes, de preferência os fluoretados, estariam indicados nos casos de sulcos e fissuras hígidas ou com lesões em esmalte dependendo da macromorfologia oclusal do dente e do estágio de erupção dentária em pacientes cujos fatores etiológicos e determinantes da doença não forem passíveis de controle.

No caso de pacientes de baixo risco em desenvolver a doença, com bom estado motivacional e dentes que não permitem um bom controle de umidade ou que já atingiram a oclusão funcional, estaria indicado o controle dietético, o controle do biofilme bacteriano e, ainda, o uso de vernizes fluoretados, uma vez que a aplicação de selantes não se justificaria, sendo considerado um sobretratamento.

São necessários critérios de avaliação de vulnerabilidade de cárie precisos e objetivos. A vantagem econômica de tal identificação é reduzir os custos, direcionando medidas preventivas para os pacientes detectados como vulneráveis e evitando que pacientes de baixa vulnerabilidade recebam medidas preventivas desnecessariamente. Desse modo, parafraseando Kramer et al (1997), "o cirurgião-dentista irá fornecer ao paciente certo o tratamento certo na ocasião certa", tendo em mente sempre o caráter multifatorial da doença cárie.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

A importância do elogio

Renomados terapeutas que trabalham com famílias, divulgaram uma recente pesquisa onde nota-se que os membros das famílias brasileiras estão cada vez mais frios, não existe mais carinho, não valorizam mais as qualidades,só se ouvem críticas.

As pessoas estão cada vez mais intolerantes e se desgastam valorizando os defeitos dos outros. Por isso, os relacionamentos de hoje não duram.

A ausência de elogio está cada vez mais presente nas famílias de média e alta renda. Não vemos mais homens elogiando suas mulheres ou vice-versa, não vemos chefes elogiando o trabalho de seus subordinados, não vemos mais pais e filhos se elogiando, amigos, etc.
Só vemos pessoas fúteis valorizando artistas, cantores, pessoas que usam a imagem para ganhar dinheiro e que, por conseqüência são pessoas que tem a obrigação de cuidar do corpo, do rosto.


Essa ausência de elogio tem afetado muito as famílias.. A falta de diálogo em seus lares, o excesso de orgulho impede que as pessoas digam o que sentem e levam essa carência para dentro dos consultórios. Acabam com seus casamentos, acabam procurando em outras pessoas o que não conseguem dentro
de casa.

Vamos começar a valorizar nossas famílias, amigos, alunos, subordinados. Vamos elogiar o bom profissional, a boa atitude, a ética, a beleza de nossos parceiros ou nossas parceiras, o comportamento de nossos filhos.

Vamos observar o que as pessoas gostam. O bom profissional gosta de ser reconhecido, o bom filho gosta de ser reconhecido, o bom pai ou a boa mãe gostam de ser reconhecidos, o bom amigo, a boa dona de casa, a mulher que se cuida, o homem que se cuida, enfim vivemos numa sociedade em que um precisa do outro, é impossível um homem viver sozinho, e os elogios são a motivação na vida de qualquer pessoa.

Quantas pessoas você poderá fazer feliz hoje elogiando de alguma forma?

Assistentes do Bem do Brasil 2011 - Tdb Slideshow

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domingo, 24 de abril de 2011

A Estrada Slideshow

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sábado, 23 de abril de 2011

Somos: INSUBSTITUÍVEIS !!


Na sala de reunião de uma multinacional o diretor nervoso fala com sua
equipe de gestores.

Agita as mãos, mostra gráficos e, olhando nos olhos de cada um ameaça:
"ninguém é insubstituível" .

A frase parece ecoar nas paredes da sala de reunião em meio ao silêncio.

Os gestores se entreolham, alguns abaixam a cabeça.

Ninguém ousa falar nada.

De repente um braço se levanta e o diretor se prepara para triturar o atrevido:

- Alguma pergunta?

- Tenho sim.

-E Beethoven ?

- Como? - o encara o diretor confuso.

- O senhor disse que ninguém é insubstituível e quem substituiu Beethoven?

Silêncio.....

O funcionário fala então:

- Ouvi essa estória esses dias contada por um profissional que conheço e
achei muito pertinente falar sobre isso.

Afinal as empresas falam em descobrir talentos, reter talentos, mas, no
fundo continuam achando que os profissionais são peças dentro da organização e que, quando sai um, é só encontrar outro para por no lugar.

Quem substituiu Beethoven? Tom Jobim? Ayrton Senna? Ghandi? Frank Sinatra? Garrincha? Santos Dumont? Monteiro Lobato? Elvis Presley? Os Beatles? Jorge Amado? Pelé? Paul Newman? Tiger Woods? Albert Einstein? Picasso? Zico? etc...

Todos esses talentos marcaram a história fazendo o que gostam e o que sabem fazer bem, ou seja, fizeram seu talento brilhar. E, portanto, são sim
insubstituíveis.

Cada ser humano tem sua contribuição a dar e seu talento direcionado para alguma coisa.

Está na hora dos líderes das organizações reverem seus conceitos e começarem a pensar em como desenvolver o talento da sua equipe focando no brilho de seus pontos fortes e não utilizando energia em reparar seus 'erros/ deficiências' .

Ninguém lembra e nem quer saber se Beethoven era surdo , se Picasso era instável , Caymmi preguiçoso , Kennedy egocêntrico, Elvis paranóico ...

O que queremos é sentir o prazer produzido pelas sinfonias, obras de arte,
discursos memoráveis e melodias inesquecíveis, resultado de seus talentos.

Cabe aos líderes de sua organização mudar o olhar sobre a equipe e voltar seus esforços em descobrir os pontos fortes de cada membro. Fazer brilhar o talento de cada um em prol do sucesso de seu projeto.

Se seu gerente/coordenador , ainda está focado em 'melhorar as fraquezas' de sua equipe corre o risco de ser aquele tipo de líder/ técnico, que barraria Garrincha por ter as pernas tortas, Albert Einstein por ter notas baixas na escola, Beethoven por ser surdo. E na gestão dele o mundo teria perdido todos esses talentos.

Seguindo este raciocínio, caso pudessem mudar o curso natural, os rios
seriam retos não haveria montanha, nem lagoas nem cavernas, nem homens nem mulheres, nem sexo, nem chefes nem subordinados . . . apenas peças.

Nunca me esqueço de quando o Zacarias dos Trapalhões 'foi pra outras
moradas'. Ao iniciar o programa seguinte, o Dedé entrou em cena e falou mais ou menos assim: "Estamos todos muito tristes com a 'partida' de nosso irmão Zacarias... e hoje, para substituí-lo, chamamos:... . Ninguém ... pois nosso Zaca é insubstituível"

Portanto nunca esqueça: Você é um talento único... com toda certeza ninguém te substituirá!

"Sou um só, mas ainda assim sou um. Não posso fazer tudo..., mas posso fazer alguma coisa. Por não poder fazer tudo, não me recusarei a fazer o pouco que posso."

"No mundo sempre existirão pessoas que vão te amar pelo que você é..., e
outras..., que vão te odiar pelo mesmo motivo..., acostume-se a isso..., com
muita paz de espírito. ..".
É bom para refletir e se valorizar!

"O homem inteligente está sempre aberto a novas idéias. Na verdade, ele as busca." - Provérbios, 18:15 

"Você pode ter defeitos,
viver ansioso e ficar irritado algumas vezes,
mas não se esqueça de que sua vida é a maior empresa do mundo.
E você pode evitar que ela vá a falência."
Fernando Pessoa

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Aluna de Odontologia da Universidade Bráz Cubas, dá o um depoimento emocionante sobre sua carreira.

Essa é para meus amigos futuros(as) dentistas ♥



A profissão do dentista é a mais completa, porque o dentista faz pontes
como engenheiros, coroas como os floristas, extrai raízes como os
matemáticos, perfura como os mineiros, faz esperar como as noivas, faz
sofrer como os gerentes de bancos, o os esculpe como artistas, e faz você
sorrir igual a uma criança. "
A odontologia é a área da saúde que preserva e restaura o movimento mais lindo do ser humano,o sorriso.
“Olho para minhas mãos, descubro nela a leveza para alcançar o detalhe. A
sensibilidade exata para interferir na dor. A mobilidade necessária para
atingir o mais difícil. A vivacidade que percebe o que não pode ser
dito. Abre-se um sorriso, descubro nele a perfeição que faz de minhas
mãos um instrumento. A simplicidade que torna simples o mais difícil. A
sensibilidade que me diz tudo sem nada dizer. Gestos, sorrisos,
expressões que unem dom e desejo, auxílio e agradecimento, ODONTOLOGIA e
arte.”

Por Michelle S'antana  Michelle Sant'Anna


Algumas ações do Projeto Dentista do Bem. As imagens falam mais do que mil palavras!!










Trailer do filme "boca a boca"

“...para julgar os homens, é necessário antes saber julgar a si mesmo.
Há infelizmente muita gente que toma a sua própria opinião por medida exclusiva do bem e do mal, do verdadeiro e do falso. 
Tudo o que contradiz a sua maneira de ver, as suas idéias, o sistema que inventaram ou adotaram é mau aos seus olhos. 
Falta a essas criaturas, evidentemente, a primeira condição para uma reta apreciação: a retidão do juízo. Mas elas nem o percebem.
Esse o defeito que mais enganos produz.” 
Allan Kardec

TURMA DO BEM


A Turma do Bem é uma OSCIP dedicada a menores carentes que necessitam de tratamento odontológico. Realizamos nossas atividades com o apoio de voluntários no país.
Nossa missão é mudar a percepção da sociedade na questão da saúde bucal e da classe odontológica com relação ao impacto socioambiental de sua atividade.
Nossos valores são fazer pelo outro o que faríamos pelos nossos filhos, realizar com estética e alegria, eficácia e transparência na gestão.
Nossas Propostas:
Para a sociedade - Promover soluções de acesso a tratamentos odontológicos.
Para a classe odontológica - Valorizar e mobilizar os profissionais para uma nova conduta socioambiental.
Para o setor empresarial - Discutir práticas éticas no setor odontológico.  Incentivar produtos e serviços de baixo custo que promovam acesso. Inspirar condutas responsáveis em outros setores.

PROJETO DENTISTA DO BEM – AÇÃO SOCIAL
O projeto Dentista do Bem conta com o trabalho voluntário de cirurgiões-dentistas que atendem crianças e adolescentes de baixa renda, proporcionando-lhes tratamento odontológico gratuito até completarem 18 anos.
Perfil dos Voluntários:
- Mais de 75% são mulheres
- Acima de 30 anos
- Com filhos
- Uma ou duas especializações
- Consultório próprio
Conta também com a participação de Protéticos que engajados neste Voluntariado cederam produtos e serviços de seus laboratórios.
Os pacientes são selecionados através de uma triagem feita entre crianças de 6ª a 9ª séries em escolas da rede pública de todo o Brasil.
A seleção é feita através da aplicação do Critério de Classificação Econômica desenvolvido pela ABIPEME e do IHC (Índice de Hierarquia de Complexidade), onde selecionamos as crianças com problemas bucais mais graves, mais pobres e as mais próximas do primeiro emprego.
As crianças são selecionadas em escolas públicas ou organizações sociais, com idade entre 11 e 17 anos, de acordo com os critérios: gravidade da condição bucal, baixa renda e mais próximas do primeiro emprego. Até o final deste ano serão atendidas 15 mil crianças pelo Projeto Dentista do Bem.
Mais de 80 mil crianças e adolescentes já foram triados pelo projeto e 12 mil estão em atendimento desde sua criação. Esse número de cirurgiões dentistas representa 10% dos dentistas ativos do Brasil.
O tratamento, feito no consultório do próprio dentista voluntário, é de caráter curativo, preventivo e educativo.
O projeto Dentista do Bem conta com dentistas voluntários espalhados por todo o País – nos 26 Estados e Distrito Federal, países da América Latina - Chile, Colômbia, Paraguai, Venezuela, Argentina, Peru, México e Costa Rica, além de Portugal.
Para garantir seu bom funcionamento, o projeto conta com uma Central de Atendimento permitindo uma eficaz comunicação entre os envolvidos: a criança, a família, a escola, o cirurgião-dentista e a equipe técnica.
Para participar do projeto, o interessado deverá preencher o Termo de Compromisso do Cirurgião-dentista e enviá-lo assinado via fax, para a Central de Atendimento da Turma do Bem.

TURMA DO BEM
Rua Sousa Ramos, 311
CEP 04120-080 – Vila Mariana - São Paulo – SP
Fone/Fax: +55 (11) 5084-7276 / 5084-1399
www.turmadobem.org.br          

Assistentes do Bem

Turma do Bem promove curso 
Assistentes do Bem a Distância
Depois de formar 24 jovens como Assistentes de Saúde Bucal, a OSCIP Turma do Bem amplia o número de beneficiados com o mesmo curso, mas em formato semi presencial















Em 28 de março, 291 jovens de diversas regiões do Brasil iniciaram o curso semi presencial de Auxiliar de Saúde Bucal (ABS). O projeto intitulado de Assistente do Bem a Distância proporciona gratuitamente a beneficiários do Projeto DENTISTA DO BEM, o principal projeto da OSCIP Turma do Bem, um curso de formação técnica totalmente gratuito. 
Para participar do curso foi preciso preencher alguns requisitos: estar cursando ou ter concluído o ensino médio, ter entre 15 e 18 anos e ser beneficiário do Projeto DENTISTA DO BEM.
A divulgação do curso foi realizada pelos coordenadores regionais que, junto com os pais dos jovens, preencheram a ficha de inscrição dos alunos
A equipe da TdB, responsável pelo projeto, analisou as inscrições e fez a seleção dos candidatos. 
Para a aluna selecionada, Geizi Gomes da Cruz, de Teresópolis, fazer o curso de ASB é uma oportunidade única. “Eu nunca iria ter condições financeiras de fazer um curso como esse. Minha vida irá mudar depois de concluí-lo. Terei uma profissão e um futuro com mais oportunidades”, comemora. 
Os alunos serão tutorados por coordenadores do Projeto DENTISTA DO BEM que irão ministrar as aulas teóricas e práticas no próprio consultório. Tanto alunos como tutores receberam material pedagógico e um outro informe com orientações para o uso adequado da ferramenta digital, o SitEscola.com, organização que presta serviços na área educacional via internet .
“O rendimento de cada aluno depende do esforço individual dos alunos, do estímulo do tutor e do uso adequado das ferramentas que estamos disponibilizando. É uma somatória de forças que exige comprometimento e harmonia”, afirma a diretora do curso de ASB a Distância Miriam Bibancos.     
O curso de ASB oferecido pela TdB terá duração de nove meses, com carga horária total de 660 horas de aulas teóricas mais 60 horas de estágio (as aulas práticas serão realizadas no próprio consultório do dentista tutor).
Na grade curricular  estão as disciplinas de biossegurança, administração, auto-cuidado e treinamento em todas as áreas da Odontologia (prótese, dentística, endodontia, periodontia, cirurgia, anatomia, radiologia e odontopediatria).
O objetivo do Curso de ASB a Distância é orientar o desenvolvimento profissional de jovens, facilitando sua inserção no mercado de trabalho, prepará-los para a prestação de serviços específicos à Odontologia visando a promoção, conservação, preservação e recuperação da saúde bucal.
De acordo com o presidente voluntário da TdB, o cirurgião-dentista, Fabio Bibancos, o curso fecha um ciclo completo de transformação. “Primeiro esses jovens extremamente pobres e em péssimas condições de saúde bucal receberam tratamento odontológico pelo Projeto DENTISTA DO BEM e agora serão capacitados com uma experiência profissional que os ajudará a no mercado de trabalho. Eles estão mais próximos do primeiro emprego e o piso salarial de um ASB é, em média, de R$ 770. Muitos deles têm renda familiar de R$ 500”, afirma.
A patrocinadora do curso de ASB a Distância é a J.P Morgan Chase Foundation que investe em projetos sociais e educacionais.

Sobre o SitEscola.com - O SitEscola.com é uma organização que presta serviços na área educacional, especializada em ensino a distância – EAD via internet. O objetivo é suprir a necessidade de formação continuada e orientação geral para profissionais de diversas áreas que enfrentam as crescentes exigências do mercado.
Sobre a Turma do Bem – A TdB é uma OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público), fundada em 2002, que tem como missão mudar a percepção da sociedade na questão da saúde bucal. O DENTISTA DO BEM é o principal projeto da Turma do Bem e conta com o trabalho voluntário de cirurgiões-dentistas que atendem gratuitamente crianças e adolescentes de baixa renda proporcionando-lhes tratamento odontológico até completarem 18 anos. Atualmente, 9 mil cirurgiões-dentistas integram a rede e, 18 mil crianças foram beneficiadas.


Informações para imprensa: 
Juliana Zaroni
Jornalista – MTB 45578 / SP
F: (11) 5084-7276
juliana@turmadobem.org.br

A Arte da Construção

A ARTE DA CONSTRUÇÃO
Por Eduardo Farah*
“Construção” é uma palavra que me agrada muito, porque se refere tanto a um processo, quanto ao seu resultado. Definimos como “construção” um prédio sendo erguido, ainda em meio a obras, bem como o edifício já pronto. E isso nos permite entender que a construção é algo que nunca termina, pois ela está sempre acontecendo e, ao mesmo tempo, gerando novos resultados. É assim, também, com nossa vida – pessoal e profissional (vale dizer que, de verdade, é impossível separar as duas). Estamos sempre na construção. E perceber esse movimento em nossas vidas, bem como entender suas etapas, pode servir como um poderoso combustível para que nossa consciência fique mais alerta, observando quanto estamos alinhados com nossos verdadeiros valores e objetivos na vida. No caso das empresas, esse exercício pode trazer informações preciosas sobre os fins e os meios em que a organização está investindo. Construção é uma palavra feminina. Ao contrário do que muitos possam imaginar, ela não necessita apenas de ação e movimento, características normalmente associadas ao universo masculino, mas também de aceitação e paciência, presentes no mundo feminino. A construção, como todo ser humano, é tão melhor quanto mais equilibrados esses elementos se encontram. É daí que vem a sua força e capacidade de concretização. A construção sempre começa por uma escolha. Tomamos a decisão de chegar num certo ponto, e então iniciamos a jornada. Aí começa o primeiro exercício de auto-observação: será que estamos fazendo a escolha certa? Em que baseamos nossas decisões? È certo que todos nós, seja na família, na vida social, ou na empresa, estamos buscando a felicidade. Mas, a depender de nossa história pessoal, dos valores de nossa cultura e de diversos outros fatores, podemos realizar essa busca de forma distorcida. Pode parecer estranho, e certamente de maneira distorcida, mas o chefe de uma quadrilha de assaltantes também está buscando a felicidade, à sua maneira. Será, por exemplo, que nossas escolhas são baseadas no medo ou no amor? Afinal, podemos decidir construir um muro para nos defender, uma casa para receber os amigos, ou um templo para orarmos. Cada construção trará um resultado diferente. É como na agricultura. Essa é a hora em que decidimos se vamos plantar milho, arroz ou feijão. Certamente vamos colher o que plantamos. Em outras palavras, vamos receber amor, raiva, alegria ou tristeza, dependendo do que decidimos plantar. A diferença em relação ao agricultor é que nós, muitas vezes, estamos tão confusos, tão atolados no nosso dia-a-dia, que não prestamos atenção no que estamos plantando. Talvez porque não saibamos com clareza o que realmente queremos construir, e por quê. Nas empresas isso fica muito claro. Muitos líderes e funcionários não sabem exatamente o que estão construindo: Resultados financeiros? Status? Auto-estima? Poder? Contribuição social? Um mundo melhor? Felicidade (individual e coletiva)? A decisão tem de ser clara para todos e compartilhada, para que todo o grupo possa caminhar alinhado para alcançar seu objetivo. Quando sabemos, de verdade, o que queremos construir, inicia-se a fase do planejamento, em que avaliamos os recursos, o tempo de que dispomos e quais são as prioridades. Nesse momento, também, precisamos estar bem alertas. Um leve descuido faz com que planejemos construções megalomaníacas, fora da realidade, que seriam abortadas se analisássemos com cuidado nossa capacidade psicológica e material de realizá-las. É comum vermos construções inacabadas, paradas no meio, por falta de uma boa fase inicial, gerando um grande prejuízo a todos. O inverso também ocorre, com planejamentos aquém da oportunidade, normalmente por medo, por não se apostar em nossos sonhos (sem tirar os pés do chão) ou por subvalorizar o próprio potencial da construção. Após o planejamento vem uma inevitável e nem sempre agradável etapa do processo: limpar e ajeitar o terreno. É muito raro começar uma construção num espaço que já esteja totalmente adequado para esse fim. Em geral, temos de separar lixo ou cortar a mata densa. E, saindo da metáfora, isso significa, por exemplo, olhar para bloqueios psicológicos e crenças que atrapalham que alcancemos nosso objetivo, ou trabalhar relacionamentos pessoais e profissionais complicados, ou a descrença e a crítica dos outros em relação ao nosso projeto. Enfim, vem a execução em si. Montar alicerces, construir muros etc. E, ao contrário do que acontece nas obras reais, na construção da vida não podemos contratar pedreiros e peões de obra e ficar apenas no cargo de coordenação. De uma certa forma, exercemos todos os papéis, pensando e elaborando, mas também carregando peso e dando nosso suor. E isso é importante para nos lembrar que, nas construções coletivas, como as de uma empresa, todos os papéis são essenciais. Por mais ingênuo que pareça, ninguém é mais importante que ninguém. Cada um tem o seu papel e peso no resultado final, que definitivamente depende de todos. Por fim, mensuramos resultados, e, durante todo o processo, acompanhamos e avaliamos nossa construção. Será que a direção que tomamos inicialmente continua correta? Ou precisamos de ajustes? Talvez possamos melhorar a execução, contando com colaboradores e materiais melhores, ou contendo gastos excessivos? É importante lembrar que é impossível se enganar numa construção: se ela é construída em bases falsas, ou com material de segunda, apenas para economizar, ela inevitavelmente cai. Não adianta, por exemplo, uma empresa fazer uma ação social, e divulgar isso aos quatro cantos, se os funcionários e clientes não são tratados com respeito. Além de tudo que já foi dito, é importante reconhecermos que muitas vezes, por mais ilógico que possa aparentar, há uma parte nossa que não quer a construção, que age à nossa revelia, que põe tudo a perder. Se você já chegou a esse entendimento, ótimo. Afinal, só essa percepção o ajudará muito a ir além dela, a assumir plenamente a sua capacidade e responsabilidade na construção. Aquele projeto que está esperando para ser aprovado, o novo produto, a meta de vendas, a equipe de atendimento, o novo escritório e tantas outras construções dependem de nós. E como já dissemos, a construção não tem fim. Cada construção que terminamos serve de base para fazermos uma nova construção. Uma usa o alicerce da outra. Por outro lado, não adianta nos desesperarmos para ver o resultado da nossa construção atual, como se ela fosse a única. Como ela é interminável, vale a pena percebermos que a beleza está no processo, na direção correta. Podemos dizer que a construção não é um lugar de chegada, mas um meio de transporte. E sigamos construindo, com qualidade.


* Eduardo Elias Farah é doutor em administração pela EAESP/FGV, palestrante e consultor especializado e sócio da Chama Azul Business Care.
E-mail: edu@chamaazul.com.br

Entrevista com Fábio Bibancos